adry- Monotonia.
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adry- Monotonia.
O meu telefone tocou as nove horas, pensei que fosse o sonho que eu não estava a ter. Quando me apercebi da realidade, dei um pulo da cama e corri pelo corredor até chegar a sala. Assim que ia para lhe pegar, desligou-se. Voltei para o quarto, e de seguida tocou o meu telemóvel. Era a minha mãe a dizer-me que dentro de mais ou menos meia hora tinha de estar pronta para irmos sair. Não me disse onde, como de costume, ela diz sempre que não interessa onde, que só interessa que vamos e pronto. O mais provável era irmos até a escola dela, para ela fazer os habituais trabalhos de grupo, e eu acabo por ir também, para ficar a tomar conta do meu irmão. Já há três semanas que vamos para lá aos Sábados, fazer sempre o mesmo. Quando dei por mim a vaguear nos meus pensamentos, já passavam vinte minutos das nove horas. Estive aquele tempo a olhar através da janela, mas só depois reparei que estava a chover. Vesti qualquer coisa à pressa. Pus o telemóvel na mala. Também coloquei a máquina fotográfica lá dentro com esperança de captar alguma coisa de especial, como se fosse a primeira vez que por lá passasse. Desci as escadas do prédio, e quando cheguei lá abaixo, já estava a minha mãe à espera, dentro do carro. Atravessei a rua rapidamente, enquanto a chuva me batia nas costas. Entrei logo no carro. No caminho ouvia o meu irmão a falar com a minha mãe sobre não sei o quê. Não conseguia ouvir o que estavam a dizer, mas ouvia-os a dizer algo. Não estava a pensar em nada, estava apenas a olhar para o horizonte. Podia dizer que me encontrava nos meus pensamentos vazios. Talvez estivesse a pensar como a minha vida tem sido tão monótona, e cansativa.
O carro pára, e eu acordo para a realidade. Ao olhar pela janela vejo que nos encontrávamos na escola da minha mãe. Previsível. Eu disse-lhe que ficava no jardim, enquanto ela entrava para dentro da escola. Já tinha parado de chover. Via o sol a aparecer entre umas nuvens, mas não estava muito forte, ainda havia aquela sensação de chuva no ar. Os bancos estavam molhados, as folhas das árvores encontravam-se no chão e o vento soprava levemente contra a minha cara. Apercebi-me que finalmente tinha chegado o Outono. Tudo aquilo para que eu olhei naquele momento, estava belo, fantástico, o que tornava aquele momento melhor do que esperava. Digno de umas fotografias. Liguei a máquina, e foquei nos pontos mais bonitos. É impressionante como as coisas me parecem mais maravilhosas quando olho através da máquina fotográfica. Vejo o meu irmão a correr na minha direcção, e a rir-se, devia ter acabado de fazer alguma asneira, como sempre. Sorri, e tirei-lhe umas fotografias também. O tempo passou. Nem devagar, nem depressa, simplesmente passou.
O meu dia tinha sido simplesmente igual a todos os outros. Quando dei por mim já me encontrava em casa, de pijama vestido, debaixo dos lençóis, e a preparar-me para adormecer ao som da chuva. Olhava para o vazio, relembrava os momentos em que fui mais feliz, num local onde sentia que realmente pertencia lá. Preciso de algo que me preencha a alma. Algo em que pensar, algo que torne os meus dias diferentes. Acabei por adormecer, com esperança de acordar e ter um dia diferente.
O carro pára, e eu acordo para a realidade. Ao olhar pela janela vejo que nos encontrávamos na escola da minha mãe. Previsível. Eu disse-lhe que ficava no jardim, enquanto ela entrava para dentro da escola. Já tinha parado de chover. Via o sol a aparecer entre umas nuvens, mas não estava muito forte, ainda havia aquela sensação de chuva no ar. Os bancos estavam molhados, as folhas das árvores encontravam-se no chão e o vento soprava levemente contra a minha cara. Apercebi-me que finalmente tinha chegado o Outono. Tudo aquilo para que eu olhei naquele momento, estava belo, fantástico, o que tornava aquele momento melhor do que esperava. Digno de umas fotografias. Liguei a máquina, e foquei nos pontos mais bonitos. É impressionante como as coisas me parecem mais maravilhosas quando olho através da máquina fotográfica. Vejo o meu irmão a correr na minha direcção, e a rir-se, devia ter acabado de fazer alguma asneira, como sempre. Sorri, e tirei-lhe umas fotografias também. O tempo passou. Nem devagar, nem depressa, simplesmente passou.
O meu dia tinha sido simplesmente igual a todos os outros. Quando dei por mim já me encontrava em casa, de pijama vestido, debaixo dos lençóis, e a preparar-me para adormecer ao som da chuva. Olhava para o vazio, relembrava os momentos em que fui mais feliz, num local onde sentia que realmente pertencia lá. Preciso de algo que me preencha a alma. Algo em que pensar, algo que torne os meus dias diferentes. Acabei por adormecer, com esperança de acordar e ter um dia diferente.
adry.
Re: adry- Monotonia.
Ai está lindo,lindo,lindo *-*
Parabens adry
Parabens adry
Patricia'Caramelo- D-Moderador
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Re: adry- Monotonia.
Está fantástico (:
Adorei.
Adorei.
- Daniiela- D-Activo
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Re: adry- Monotonia.
De nada (:
- Daniiela- D-Activo
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