Estigma...

por **Pater Poesis** Qui Abr 01, 2010 12:29 am

Construíste tua casa na areia,
Serei a tempestade a deita la ao chão,
Até que me libertes, pois não ando nas nuvens,
Clamo, tira a tua vida das minhas mãos.

Não sou da vida o presente, pouco estimo o passado,
Num branco vazio de um momento, direi adeus a este mundo,
Desfaz dessa imagem que de mim tens criado,
Assim, seguiras teu próprio rumo.

Sou do mar a fúria, do vulcão as lavas,
Sou da moeda a outra face, procurando encontrar me neste espaço,
Sou a carta rasgada na manga de quem me ganhou,
Do que perde sou a dor, por isso não me verás em qualquer braço.

Olhei na água, vi meu reflexo,
Paradoxo do que crês,
Os olhos são as janelas da alma!
Abre os teus, porque os meus não vês.

Não me chames jamais teu singelo amor
Pois tu também nunca seras digna de tais gestos cabais
Mas se me tiveres em ti, sentiras o forte da dor,
Se for um jogo darei as cartas, se não for, perderás ainda mais.

Não sou o esteio, nem o teu principio, penso não te poder sustentar,
Procura encontrar felicidade nisto, porque mais, não te posso dar…

Pater Poesis